Barbie Girl! Margot Robbie é destaque da Vogue estadunidense - Fashionlismo Barbie Girl! Margot Robbie é destaque da Vogue estadunidense Barbie Girl! Margot Robbie é destaque da Vogue estadunidense
Por um escritor misterioso
Descrição
A edição que marca o início do verão do hemisfério norte embarca no estilo Barbiecore, e nada melhor que trazer a atriz australiana de 32 anos para ser o rosto e ceder uma entrevista para a revista. Com uma ótima aceitação do público e expectativas mais altas do que nunca, Margot Robbie dará vida a primeira Barbie live-action dos cinemas, cuja estreia está prevista para 20 de julho. Abby Aguirre foi a jornalista responsável pela entrevista com Margot onde ambas tomaram um café da em Venice Beach em Los Angeles. A repórter já abre seu texto com uma declaração um pouco inusitada: Margot nunca pegou a fase Barbiemania em sua infância! Ela sequer lembra se chegou a possuir sua própria boneca. “Minha prima tinha um monte de Barbies e eu ia na casa dela”, a atriz resgata memórias de quando era apenas uma menina em Gold Coast, na Austrália. Quando perguntada sobre o que a levou produzir e estrelar o filme live-action da Barbie, Robbie é honesta. “Não é que eu sempre quis interpretar a Barbie, ou sonhei em ser a Barbie, ou qualquer coisa assim. Isso vai soar estúpido, mas eu realmente nem pensei em dar vida à Barbie até depois de desenvolver o projeto do filme”. Ensaio Barbiecore Aguirre traça todos os elementos presentes em seu encontro com a atriz, que usava roupas confortáveis e parecia bem à vontade, onde a mesma descreveu seu look como: “Me faz parecer um bebê gigante”. Entretanto, é bem diferente do editorial preparado para ela, mas mesmo assim ela brilhou! Os cliques foram feitos pelo fotógrafo Ethan James Green e o styling escolhido por Gabriella Karefa-Johnson. Olhando as fotos prontas é quase impossível acreditar que Robbie nunca cogitou interpretar Barbie nas telonas. Ademais, fica mais difícil de crer nessa revelação ao longo da escrita de Abby. O encontro e entrevista Margot é descolada assim como sua personagem. Ela escolheu ir em uma pista de patinação para o resto deste encontro (com os patins prontos) e, claro que Abby Aguirre foi pega de surpresa por não levar os seus. A atriz então empresta seu par para a jornalista até que ela percebe que os patins não contém freios, quando questionada sobre isso Margot Robbie responde “Ohhh! Eu tirei os freios porque odeio freiar”. Nesse ponto, a atriz de 32 anos já tinha apostos seu outro par de patins reserva para essa situação. Até então o dia de ambas estava mais ou menos assim: depois do café da manhã, iriam patinar no calçadão de Los Angeles e então caminhar até a sorveteria favorita de Robbie, a Salt & Straw. Robbie tinha que sair às 14 horas em ponto. Ela teria uma reunião às 15 horas com o roteirista de Cocaine Bear, Jimmy Warden, cuja estreia na direção de sua empresa LuckyChap está co-produzindo. Abby descreve que essa última combinação de detalhes começa a transmitir a vibração geral da Margot Robbie real: ela chegará com uma variedade de patins sem freio e terá uma saída difícil às 14 horas. Preludio Ao longo do dia, Margot conta o processo de produção do filme que se iniciou em meados de 2018. Ela teve uma reunião com o novo CEO da Mattel, Ynon Kreiz, no Polo Lounge. A reunião tinha o propósito de apresentar a LuckyChap, a equipe de produção que Margot dirige com sua amiga Josey McNamara e seu marido, Tom Ackerley, à Mattel. “Nós somos a LuckyChap”, ela detalha o encontro. “Esta é a nossa empresa. É isso que fazemos. É isso que defendemos. E, é por isso que devemos fazer um filme da Barbie. E é assim que faríamos isso.” A LuckyChap não tinha um conceito claro em mente, mas sabia apenas de uma coisa. “É claro que gostaríamos de honrar o legado de 60 anos dessa marca”, diz Robbie. “Mas temos que reconhecer que há muitas pessoas que não são fãs da Barbie. E, de fato, não são apenas indiferentes à Barbie. Elas odeiam ativamente a Barbie. E têm um problema real com a Barbie. Precisamos encontrar uma maneira de reconhecer isso”. A escolha na direção Margot estava determinada e então realizou reuniões maiores com Mattel e, em seguida, com a Warner Bros. onde a LuckyCharp tinha um acordo na época. Por fim, Robbie começou a conversar com Greta Gerwig sobre escrever e dirigir o projeto. “Eu estava com muito medo de que fosse um não”, diz a atriz. “Na época, era uma coisa muito assustadora de se fazer. As pessoas diziam: “Você vai fazer o quê?” Mas Gerwig disse sim, com a condição de que ela pudesse escrever o roteiro com seu parceiro, Noah Baumbach”. Dito e feito, Greta e Noah estão no projeto e até agora parece ter agradado bastante o grande público. A produtora de Robbie lutou para que Gerwig e Baumbach tivessem total liberdade criativa. “Ao mesmo tempo temos duas empresas gigantescas e muito nervosas, a Warner Bros. e a Mattel, que estão pensando: Qual é o plano delas? O que eles vão fazer? Qual será o tema? O que ela vai dizer? Eles têm um bilhão de perguntas”, relatou Margot. No fim das contas, a LuckyChap encontrou uma maneira de estruturar um acordo para que Gerwig e Baumbach ficassem sozinhos para escrever o que quisessem, “O que foi muito difícil de fazer” completa Margot. Barbie ganha formas Gerwing e Baumbach fazem uma aparição para a matéria de Abby e contam como foi feliz e bastante criativa a participação de ambos na produção. O projeto parecia “totalmente aberto”, diz Gerwig. “Havia realmente esse tipo de caminho aberto e livre que poderíamos continuar construindo”, diz Baumbach. Parte disso tinha a ver com o fato de que seus personagens eram literalmente… bonecos. “É como se estivéssemos brincando com bonecas quando escrevemos algo e, nesse caso, é claro, havia uma camada extra de bronquice”, diz Baumbach. “Foi literalmente uma brincadeira imaginativa”, diz Gerwig. O fato de estarem escrevendo o roteiro durante o confinamento também foi importante, diz Baumbach. “Estávamos na pandemia, e todos tinham a sensação de “quem sabe como o mundo será”. Isso também alimentou o roteiro. Essa sensação de: “Bem, isso aqui não vai dar em nada”. Com o roteiro rascunhado, Robbie e Ackerley leram o roteiro de Barbie ao mesmo tempo. Uma certa piada na primeira página os deixou de queixo caído. “Olhamos um para o outro, com puro pânico em nossos rostos”, lembra Robbie. Pensamos: “Puta merda!” Quando Margot terminou de ler: “Acho que a primeira coisa que disse ao Tom foi: Isso é genial. É uma pena que nunca conseguiremos fazer esse filme”. Infelizmente a mencionada foi descartada do corte final. Barbie ganha vida Saindo do papel e indo para as mãos de Sarah Greenwood, BarbieLand ganha formas e cores que é definido por Sarah como “uma fantasia louca de beleza”. E não é por menos, o mundo perfeitamente falso e saturado de cores da Barbie mantém muitas das peculiaridades e limitações físicas da versão de brinquedo. Seu ambiente nem sempre é tridimensional, e a escala de tudo é um pouco diferente. A Barbie é um pouco grande demais para sua casa e seu carro. Quando ela toma banho, não há água. Seus pés descalços permanecem arqueados. “Nunca mergulhei tão fundo no rosa em toda minha vida”, diz Greenwood. Ao decorrer do ‘Dia perfeito’, Barbie troca de roupa constantemente. A progressão – saia de poodle, look disco – equivale a uma pesquisa sobre a moda da Barbie ao longo do tempo, diz Jacqueline Durran, figurinista do filme. “O principal aspecto da Barbie é que ela se veste com intenção”, ela continua. “A Barbie não se veste para o dia. Ela se veste para a tarefa.” A tarefa pode envolver uma atividade de lazer ou uma forma de emprego. Contudo, Margot Robbie desenvolve um pensamento interessante sobre a questão da sensualidade da boneca mais famosa do mundo. “Eu pensei: “Ok, ela é uma boneca. Ela é uma boneca de plástico. Ela não tem órgãos. Se ela não tem órgãos, ela não tem órgãos reprodutivos. Se ela não tem órgãos reprodutivos, será que ela sentiria desejo sexual? Não, acho que não poderia”, Robbie analisa. “Portanto, ela é sexualizada. Mas ela nunca deveria ser sexy. As pessoas podem projetar o sexo nela. Então sim, ela pode usar uma saia curta, mas porque é divertida e rosa. Não porque ela quer que você veja sua bunda”, disserta ela. Quem é o Ken? Ken é interpretado com desenvoltura por Ryan Gosling. “A melhor versão de Ryan Gosling que já foi colocada nas telas”, na opinião de Margot Robbie. O curioso é que o personagem, assim como no caso de Margot, Ryan nunca cogitou em interpreta-lo em sua carreira. “Ken não estava na minha lista de desejos. Mas, para ser justo, eu não tenho uma lista de desejos. Então, pensei em tentar!”, ele diz. Além da trama principal, algo importante parece acontecer em relação aos Kens. Quando questionada, Gerwig não consegue formular uma resposta sem rir. “Os Kens têm uma jornada pela frente”, ela acaba dizendo. “No início do filme, ninguém pensa no Ken. Ninguém se preocupa com ele. Ken não tem uma casa, um carro, um emprego ou qualquer poder. E, hum, isso vai ser meio insustentável”. Gosling desvia o assunto quando Abby pergunta como ele se encontrou em seu personagem – “Seria muito anti-Ken da minha parte falar sobre Ken” – mas ele diz que Robbie tentou ajuda-lo. “Ela deixou um presente rosa com um laço rosa, da Barbie para o Ken, todos os dias enquanto estávamos filmando. Eram todos relacionados à praia. Como conchas de puka ou uma placa que dizia ‘Pray for surf’. Porque o trabalho do Ken é só praia. Nunca entendi direito o que isso significa. Mas senti que ela estava tentando ajudar a entender o Ken, por meio desses presentes que ela estava dando.” A Mattel fez um boneco e o levou até Barbie Abby Aguirre desenvolve um ponto interessante sobre o filme (baseado nos trailers divulgados). Em Barbieland, Ken é basicamente outro acessório de moda. “A Barbie tem um ótimo dia todos os dias”, nos diz a narração de Helen Mirren. “O Ken só tem um ótimo dia se a Barbie olhar para ele.” A Mattel lançou o primeiro boneco Ken em 1961, em resposta a cartas que pediam que a Barbie arranjasse um namorado. “A Barbie foi inventada primeiro”, ressalta Gerwig. “O Ken foi inventado depois da Barbie, para enaltecer a posição da Barbie aos nossos olhos e no mundo. Esse tipo de mito da criação é o oposto do mito da criação em Gênesis.” Assim como a Barbie recebeu seios grandes, mas sem mamilos, Ken recebeu uma “silhueta” suave, como a Mattel se referiu a ela na época. Juntos, sua anatomia parcial peculiar sugere um mundo de coisas adultas escondidas da vista. Gerwig conta: “Você sente que há algo ali, o que faz parte do fascínio. Não se sabe ao certo como tudo isso funciona. Mas não deixa de ser intrigante”. Daqui surgiu a piada que aparece em um dos trailers onde Ken convida Barbie para dormir com ele e o mesmo confessa que nem ele sabe para o que exatamente. Barbie energy Eventualmente, Greta Gerwig fez um tour pela Mattel e ela descobriu que a grande maioria das bonecas da linha Barbie se chama Barbie. “Agora todas as bonecas são Barbie. Todas elas são Barbie, e Barbie é todo mundo. Filosoficamente, eu pensei: “Bem, isso é interessante”. Quanto mais ela pensava sobre isso, mais a multiplicidade de Barbies sugeria “uma ideia expansiva do eu com a qual todos nós poderíamos aprender”. Ao longo do dia, e conversando com o resto da equipe do filme, Aguirre entende que em um projeto desta escala, nenhum personagem existe separado dos outros. Como explica Ana Cruz Kayne, trata-se de encontrar o espaço de cada um dentro do grupo: “O que torna esta noite diferente das outras? É como se perguntássemos: “O que torna esta Barbie diferente das outras Barbies?” Durante o processo de seleção do elenco, Gerwig
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